No verso 1, o salmista inicia com a pergunta: "Por que, SENHOR, te conservas longe? Por que te escondes nos tempos de angústia?" Essa é uma pergunta retórica que expressa a confusão e perplexidade do salmista diante da aparente ausência de Deus diante das injustiças e opressões que ele testemunha ao seu redor.
No verso 2, o salmista continua sua expressão de perplexidade ao descrever como os ímpios, em sua arrogância, perseguem os necessitados e se consideram invencíveis diante da punição divina. Ele afirma: "Com arrogância, o ímpio persegue o pobre; sejam presos nas tramas que maquinaram." Nesse verso, o salmista descreve a maldade dos ímpios que agem sem temor a Deus e oprimem os necessitados.
Em resumo, a introdução do Salmo 10 expressa a perplexidade e confusão do salmista diante da aparente ausência de Deus diante das injustiças e opressões que ele testemunha ao seu redor. Ele questiona por que Deus parece estar distante e não intervir para ajudar os necessitados, e descreve a arrogância e maldade dos ímpios que oprimem os pobres sem temor a Deus.
Descrição da maldade
A segunda parte do Salmo 10, compreendida pelos versículos 3 a 11, descreve a maldade dos ímpios que oprimem os pobres e necessitados, sem temor a Deus e se considerando invencíveis diante da punição divina.
No verso 3, o salmista descreve a arrogância dos ímpios ao afirmar: "Por causa da sua arrogância, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus". Aqui, o salmista descreve como a arrogância dos ímpios os impede de reconhecer a existência de Deus e sua justiça.
Nos versículos 4 e 5, o salmista descreve a maldade dos ímpios em oprimir os necessitados. Ele afirma: "Os seus caminhos são sempre retorcidos; estão sempre longe do teu juízo, as suas vítimas", e "Seus pensamentos são: 'Nunca serei abalado; jamais me verei na desgraça'". Aqui, o salmista descreve como os ímpios agem sem temor a Deus e oprimem os pobres e necessitados.
Nos versículos 6 a 8, o salmista descreve a crueldade dos ímpios ao planejarem e executarem seus planos de opressão. Ele afirma: "Maldizem, mentem, ameaçam destruir; em sua língua só há maldade e engano", e "Ficam à espreita nas aldeias; nos lugares ocultos matam o inocente; seus olhos estão vigilantes contra o desamparado".
Nos versículos 9 a 11, o salmista descreve como os ímpios se consideram invencíveis diante da punição divina, zombando da ideia de que Deus irá julgá-los. Ele afirma: "Espreitam de emboscada, como o leão na sua caverna; espreitam para apanhar o pobre; apanham-no, arrastando-o na rede", e "Diz em seu coração: 'Deus se esqueceu; escondeu o rosto; nunca verá isso'".
Em resumo, a segunda parte do Salmo 10 descreve a maldade dos ímpios que oprimem os pobres e necessitados, sem temor a Deus e se considerando invencíveis diante da punição divina. O salmista descreve como a arrogância dos ímpios os impede de reconhecer a existência de Deus e sua justiça, e como eles agem com crueldade ao planejarem e executarem seus planos de opressão.
Apelo à justiça divina
A terceira parte do Salmo 10, compreendida pelos versículos 12 a 18, apresenta um apelo à justiça divina e um clamor por intervenção de Deus diante da maldade dos ímpios.
No verso 12, o salmista pede a Deus que se levante e intervenha diante da maldade dos ímpios: "Levanta-te, Senhor! Ergue a tua mão, ó Deus; não te esqueças dos necessitados".
Nos versículos 13 e 14, o salmista descreve o desejo dos ímpios em destruir os necessitados e pede a Deus que os julgue e puna: "Por que o ímpio despreza a Deus? Diz em seu coração que jamais pedirá contas. Tu, porém, o viste! Observa a sua opressão e o sofrimento, e toma conta do assunto!".
Nos versículos 15 a 18, o salmista expressa sua confiança na justiça divina e pede a Deus que faça justiça aos necessitados: "Quebra o braço do ímpio e do malvado, pede contas de sua maldade até que dela nada reste. O Senhor é rei para sempre e sempre; da sua terra desaparecerão as nações". Ele finaliza com um apelo à intervenção divina, clamando: "Senhor, tu ouves a súplica dos necessitados; tu os fortalecerás e inclinarás os ouvidos, para fazer justiça ao órfão e ao oprimido, a fim de que o homem, que é pó, não mais cause terror".
Em resumo, a terceira parte do Salmo 10 apresenta um apelo à justiça divina e um clamor por intervenção de Deus diante da maldade dos ímpios. O salmista pede a Deus que se levante e intervenha diante da opressão dos necessitados, expressa sua confiança na justiça divina e pede a Deus que faça justiça aos necessitados, para que o homem não mais cause terror.
Conclusão
Em sua totalidade, o Salmo 10 apresenta uma reflexão sobre a maldade dos ímpios e a necessidade de intervenção divina diante da opressão dos necessitados. O salmista descreve a arrogância dos ímpios que agem sem temor a Deus e oprimem os pobres e necessitados, e pede a Deus que faça justiça e intervenha diante de tamanha injustiça.
A mensagem central do Salmo 10 é a confiança na justiça divina e a esperança de que Deus faça justiça aos necessitados e oprima os ímpios. O salmista nos ensina que Deus é um Deus justo e que a justiça divina prevalecerá sobre a maldade dos ímpios.
Assim, podemos concluir que o Salmo 10 é uma oração de súplica e confiança em Deus diante da injustiça e da opressão, um convite a confiar em Deus e esperar que Ele faça justiça aos necessitados e oprima os ímpios. É um chamado à ação e à reflexão sobre a justiça divina em nossas vidas e na sociedade em que vivemos.
Pr. Delson Silva
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